Com o registro
de queda na produção de milho da Argentina e dos Estados Unidos, principais
exportadores do grão, o Brasil pretende aproveitar o filão e aumentar as
exportações de 9,5 milhões de toneladas em 2011 para, pelo menos, 12 milhões de
toneladas embarcadas em 2012, conforme perspectivas da Associação Brasileira de
Produtores de Milho (Abramilho). Na contramão do bom momento nacional, o Rio
Grande do Sul, em função da seca, deve importar 3 milhões de toneladas para
consumo interno, perdendo oportunidade de negócios com outros países.
Apesar da
quebra no Estado, o país deve colher 69,79 milhões de toneladas de milho,
21,58% a mais que em 2011. A
elevação na produção se deve ao incremento na produtividade em estados como o
Paraná e o Mato Grosso do Sul. O presidente da Associação dos Produtores de
Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho), Cláudio Luiz de Jesus, lamenta a
situação, ainda que esteja otimista em relação ao desempenho das exportações
brasileiras. "Recebo pelo menos umas quatro ligações da Europa por dia
atrás do milho gaúcho, mas, com a quebra de quase 40% na nossa safra,
impossibilita qualquer negociação. Vamos ter que trazer milho dos estados com
melhor produção."
O presidente
da Abramilho, Alysson Paolinelli, está otimista e acredita que a China, que
começou a importar o grão do Brasil este ano, deve turbinar os negócios,
absorvendo até 5 milhões de toneladas de milho em 2012. Segundo a Conab, de
janeiro a abril deste ano o país exportou 1,5 milhão de t. Ele acredita que as
exportações devem pegar o elevador com o final da segunda safra, a partir de
agora.
FONTE: Correio do Povo