As novas fronteiras do Centro-Oeste (Nordeste e Norte de Mato Grosso) e do Centro-Norte (que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) estão produzindo 3,1 milhões de toneladas de soja e milho a mais nesta safra, em relação à temporada anterior. Com estímulo das cotações internacionais das commodities, pastagens e áreas de Cerrado continuam se transformando em lavouras.
Em volume, Mato Grosso é líder em expansão. Colhe 22 milhões de toneladas de soja neste ciclo, o dobro do colhido pelo Paraná, segundo colocado na produção da oleaginosa. Em porcentual, o Centro-Norte avança mais rápido. Praticamente metade desse avanço ocorre no Piauí, devido às boas produtividades.
Nas regiões em expansão, um ano de produtividade em baixa gera reclamações generalizadas, mas nada se compara ao que ocorreu no Rio Grande do Sul, que teve queda de 27,5% na produtividade da soja. Antônio Funck, de Cruz Alta, registrou 20 sacas por hectare de soja e 35 sacas por hectare de milho nas zonas mais secas. “Nessas áreas, podemos considerar perda total.” Se fosse levar a sério o custo da colheita, abandonaria a produção na lavoura. Fez questão de encerrar a tarefa para garantir indenização do seguro.
FONTE: Gazeta do Povo