Maior
produtora mundial de fertilizantes específicos, a TIMAC Agro reuniu a elite de
pesquisadores técnicos e consultores em fertilidade de solos no País, para
apresentar, em primeira mão, a tecnologia “K-UP”, um avanço científico que
promete revolucionar o conceito de adubação com Potássio no Brasil e no mundo.
O encontro
aconteceu na última semana em Curitiba e contou com a presença do presidente da
Empresa no Brasil, Phelippe Vignon e do pesquisador responsável pelo
desenvolvimento do projeto doutor José Maria Garcia-Mina. Reuniu 120
pesquisadores de instituições oficiais e privadas, além de consultores e
técnicos ligados à área de fertilidade de solos que compõem um grupo seleto,
denominado “Mestres do Campo”.
Eles
são pesquisadores e técnicos de renome, que atuam como massa crítica para
avaliação de novas tecnologias e sugestão de novas linhas e áreas de pesquisa a
serem desenvolvidas pela empresa. A TIMAC Agro investe recursos da ordem de
dois milhões de euros, anualmente, na busca de novos processos e tecnologias.
Solução para problemas universais do Potássio
Durante o
encontro em Curitiba, o pesquisador doutor Garcia-Mina, apresentou detalhes dos
estudos e pesquisas que levaram ao desenvolvimento da tecnologia K-UP, que
estará sendo lançada comercialmente no segundo semestre deste ano. Segundo ele,
a inovação criada nos centros de pesquisa e já patenteada pela TIMAC Agro
resolve problemas comuns a agricultores das Américas e da Europa, que são ainda
mais graves, quando a aplicação do potássio é feita no sulco, em linha.
A concentração
do potássio no sulco provoca salinização e este processo inibe o
desenvolvimento da raiz, reduz o crescimento da planta e em conseqüência, os
níveis de produtividade. Outro problema é a lixiviação ou lavagem do potássio,
especialmente em solos arenosos.
“Com este nova
tecnologia, controlamos a salinidade e a lixiviação ou lavagem do potássio.
Incorporamos também uma molécula natural que aumenta a assimilação de potássio
pela planta”, resumiu.
Segundo o
vice-presidente da Empresa, Marco Justus, a nova tecnologia deve também representar
o retorno ao costume de aplicar o potássio em linha. Esse hábito
vinha sendo deixado de lado, por causa da salinização.
‘Com a nova
tecnologia reduzimos a níveis muito baixos essa toxicidade do potássio. Então
esse é um ponto muito importante, e outro aspecto a destacar é a sua
capacidade, de eliminar perdas por infiltração ou lixiviação. Perde-se muito
potássio no solo por lavagem. A tecnologia também tem características que
preservam o produto por mais tempo, tornando-o disponível para a planta. E para
fechar o conceito K-UP comprovamos uma melhoria substancial na absorção, na
tomada do potássio pela planta.
O resultado é
que apresentamos um potássio que não prejudica o arranque inicial, que não
prejudica com efeito salino; temos um potássio preservado no ambiente, ou seja,
disponível para a planta, e também provemos a capacitação dessa planta para ela
tomar mais potássio, nutrir-se, desenvolver-se e produzir mais”, diz.
Resultados a campo
A exemplo da
nova tecnologia de fósforo, recentemente incorporada ao TOP- PHOS, a TIMAC Agro
norteia suas pesquisas a partir de demandas e avaliações dos agricultores e do
grupo crítico de pesquisadores e técnicos, denominado “Mestres do Campo”.
O pesquisador
doutor Heitor Cantarella, do Instituto Agronômico de Campinas foi quem
coordenou a realização de avaliações e ensaios do TOP- PHOS a campo. Agora, a
avaliação da tecnologia K-UP, com o desenvolvimento de uma rede de ensaios a
campo e em laboratórios, será coordenada pelo pesquisador e professor da USP, doutor
Antonio Luiz Fancelli, da área de produção vegetal.
“Esta inovação
vem realmente contribuir muito, para que possamos utilizar de forma eficiente o
potássio, que é um elemento-chave para o aumento de produtividade das culturas
e também com relação à qualidade da produção”, observa professor Fancelli,
lembrando que a rede de ensaios vai contemplar os ambientes mais diversos
possíveis por todo o Brasil e por países da América Latina.
“Com os
melhores técnicos, melhores pesquisadores, nas mais diversas áreas, com certeza
poderemos ter conhecimento efetivo dessa nova tecnologia e, conseqüentemente, o
uso eficiente desse potássio para os agricultores contribuindo muito então para
a agricultura”.de forma geral.
Expectativa otimista
A tecnologia
K-UP beneficiará especialmente as culturas de soja, trigo, milho, citrus,
hortifrutigranjeiros, pastagens, palma, café, cana-de-açúcar e florestas, entre
outras. Pesquisadores, consultores e técnicos presentes ao evento, receberam a
inovação com otimismo.
Leandro Fukuda
é agrônomo do GTACC, grupo que presta consultoria em citrus a 230 produtores
que cultivam mais de 32 milhões de plantas em SP. Ele entende que a nova
tecnologia pode viabilizar mudanças no manejo em citricultura. “A gente poderia
talvez até estar aplicando potássio uma vez só ou em um ponto mais importante
para planta, uma liberação mais constante como foi mostrado nas palestras. A
expectativa é muito boa”, disse.
“Todos nós
sabemos que um dos grandes problemas da agricultura, da fertilização de nossos
solos, passa pelo potássio”, raciocina o pesquisador Edson Borges, diretor da
Fundação Chapadão. Segundo ele, esta tecnologia vem revolucionar, renovar e
mostrar a nova oportunidade que é o retorno da aplicação no sulco, com um ganho
operacional muito interessante”.
Agrônomo e um
dos mais respeitos consultores da região Sul do País, Modesto Félix Daga também
contabiliza vantagens da tecnologia K-UP para soja, milho e trigo. “É extremamente
importante e oportuna. Nós vamos conseguir concentrar o potássio na linha sem
causar a salinização que impede o desenvolvimento radicular. Para a soja, para
o trigo e para o milho, um período de liberação de potássio mais lento para a
planta conforme a necessidade de consumo, absorvendo a tendência de consumo
conforme a necessidade da planta e, consequentemente, um aumento da
produtividade segura das três culturas”, conclui.
Incorporada a
produtos comerciais com a marca TIMAC Agro, a nova tecnologia K-UP estará sendo
disponibilizada aos agricultores do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina a
partir deste segundo semestre.
Diretor da Fundação Chapadão vê com
otimismo inovação para potássio
K-UP incorpora
um polímero natural-NPM, este polímero em forma de uma membrana natural a qual
exerce a função de controlar a liberação gradual do potássio no solo, reduzindo
perdas por lixiviação, melhorando a absorção e consequentemente a queima que
ocasionalmente este nutriente causa nas raízes e ou nas folhas quando aplicado
com a soja emergida.
O
diretor da Fundação Chapadão, Edson Borges, que esteve presente ao lançamento,
disse que se de fato os conceitos científicos aplicarem ao campo, teremos em poucos
anos uma revolução no uso desta nova fonte potássio. Isto é de fundamental
importância, pois as fontes de potássio hoje utilizada na agricultura oferece
limite de uso devido seu grande efeito de salinidade que exerce sobre as
culturas, este efeito salino nos leva hoje a aplicar o potássio, elemento tão
essencial para a agricultura, de forma antecedendo ao plantio ou depois da
cultura implantada, pois o seu uso no momento do plantio, aplicado acima de uma
certa quantidade, compromete o enraizamento ou até mesmo o estabelecimento de
estande das culturas, devido o seu grande efeito salino que exerce nas raízes e
radicelas das plantas, afirma Borges. Além de uma disponibilização mais
adequada as culturas, esta descoberta acredito que oferecerá uma sobrevida
maior as jazidas de potássio, pois este nutriente é essencial para a produção
agrícola.
FONTE: Agrolink/O Correio News