Os fiscais
federais agropecuários devem iniciar greve nacional a partir da meia-noite da
próxima segunda, dia 6. O presidente do Sindicato dos Fiscais Federais
Agropecuários (Anffa Sindical), Wilson Roberto de Sá, que participou de
assembleia em frente ao prédio anexo do Ministério da Agricultura, em Brasília
(DF), afirmou que a categoria vem negociando desde o ano passado com o governo
federal, que teria suspendido “unilateralmente as conversações” na última
semana.
Sá afirmou
que, por interferência do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, o
secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento convocou a
Anffa para um encontro previsto para ser realizado nesta quinta, a partir das
10h.
– Temos informações
sobre a realização de uma reunião interna do governo nesta quarta à tarde, com
a participação da ministra (do Planejamento) Mirim Belchior. Esperamos que o
governo construa uma proposta e, se houver avanço, não haverá motivos para a
greve – disse.
A pauta de
reivindicações dos fiscais agropecuários tem 13 itens, como a recomposição
salarial de 22,08% relativa aos últimos cinco anos em que a categoria não teve
reajuste de salários. Outro ponto da pauta é a realização de concursos para
aumentar o efetivo da fiscalização, que hoje é de 3,24 mil profissionais.
– A
recomposição do quadro é necessária, pois atuamos no segmento mais importante
que garante a arrecadação e dá sustentação a balança comercial brasileira.
A entidade
calcula que, para atender toda a demanda pelos serviços de fiscalização animal
e vegetal no território nacional, seria necessário contratar mais 6,7 mil
fiscais, para chegar a 10 mil profissionais em atividade. Sá citou
como exemplo Mato Grosso do Sul, que tem mais de um mil quilômetros de
fronteira seca.
– É impossível
com 132 fiscais (em Mato
Grosso do Sul) dar cabo de impedir a entrada de doenças que
possam atingir um rebanho de 27 milhões de cabeças – afirmou.
FONTE: Agência Estado