O governo
brasileiro vai repassar US$ 20,2 milhões para a Organização para Alimentação e
Agricultura das Nações Unidas (FAO) que serão investidos no desenvolvimento de
projetos agrícolas voltados ao plantio de algodão. O acordo foi assinado nesta
quarta, dia 17, pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o
diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva. A ideia é repassar conhecimento e
experiência no setor para a organização.
Inicialmente, o
objetivo do projeto é englobar países que integram o Mercosul como titulares e
associados, como Argentina, Uruguai, Paraguai, Venezuela e Haiti, com
possibilidades de ampliação para o restante da América Latina e do Caribe,
assim como a África Subsaariana.
A proposta é
promover assistência técnica e formação relacionada ao setor do algodão em
países em desenvolvimento. A ideia é identificar experiências e tecnologias,
por meio de especialistas e treinamento de pessoal específico para atividades
no setor, de tal forma que sejam estimulados os resultados e práticas na área.
De acordo com
Patriota e Graziano, o projeto visa a colaborar com o cumprimento dos Objetivos
de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e os objetivos da Cúpula Mundial da
Alimentação. A busca por essas metas inclui o incentivo, a conservação e o uso
sustentável dos recursos naturais. Também pretende reforçar as capacidades dos
pequenos agricultores e suas famílias.
Pelo acordo, o projeto
terá duração de quatro anos e um orçamento total de US$ 20,2 milhões, que serão
repassados pelo Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) – responsável por metade
dos recursos – e a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações
Exteriores (ABC-MRE), que fornecerá o restante. O Escritório Regional para a
América Latina e o Caribe contribuirá com US$ 200 mil.
O algodão é um
dos produtos agrícolas, segundo a FAO, mais importantes no mundo, pois gera
emprego e renda contribuindo para a segurança alimentar e para o acesso aos
cuidados de saúde, habitação, principalmente, nos países em desenvolvimento. O
Brasil tem experiência no desenvolvimento de tecnologias para a cadeia
produtiva do algodão.
FONTE:
Agência Brasil