Com o objetivo
de garantir o abastecimento de milho nas regiões Nordeste e Sul até o fim do
ano, o governo vai lançar contratos de opção de venda para adquirir 150 mil
toneladas do cereal. A medida foi anunciada na noite dessa terça, dia 2, pelo
ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, que foi até o Ministério da
Fazenda tratar do assunto com o ministro Guido Mantega.
Com a medida,
o governo deve gastar R$ 98 milhões na compra de milho. O preço pago pelo
cereal deve ficar acima do valor de mercado porque quem adquirir as opções de
venda terá que entregá-lo em armazéns definidos pelo governo nas duas regiões
que sofreram com a seca prolongada este ano. Os criadores de aves e suínos
dessas áreas enfrentam a escassez da principal matéria-prima da alimentação de
seus animais.
No destino, o
milho tem sido vendido na modalidade venda em balcão, que beneficia pequenos
criadores com preços subsidiados. O governo espera recuperar, na venda, cerca
de R$ 40 milhões. Metade do produto, ou 75 mil toneladas, deve ser transportada
do Paraná aos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O restante, de
Mato Grosso aos Estados do Nordeste do país.
O secretário
de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, explicou que a
compra é necessária para complementar o abastecimento.
– Os estoques
do governo estão diminuindo e temos compromissos já assumidos [com leilões para
atender aos criadores do Sul e Nordeste]. Com a regularização do frete,
precisamos adquirir mais milho – disse.
O problema com
o frete nos últimos meses se agravou pela greve de caminhoneiros e a
concorrência com as tradings, que exportaram grandes volumes do cereal. O
aumento da exportação foi consequência da disparada dos preços do milho causada
pela quebra da safra norte-americana do cereal, então a maior do mundo. O
serviço de frete vem se normalizando há dias semanas.
FONTE: Agência Brasil