TRABALHADORES PARALISAM ATIVIDADES NA FÁBRICA DE FERTILIZANTES HERINGER



            A fábrica de fertilizantes Heringer, localizada em Viana, está com 95% da produção de misturas químicas paradas por conta de uma paralisação dos trabalhadores. Na manhã desta quinta-feira (18), nenhuma das 30 carretas que aguardavam carregamento no pátio da empresa foi carregada. Os trabalhadores pleiteiam a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho.
            Na manhã dessa quarta havia motoristas parados há dois dias no pátio aguardando que as carretas fossem carregadas. Como não há produção de adubos ou fertilizantes, os caminhoneiros ficam no local, sem as mínimas condições de acomodação.
            A entidade que representa os trabalhadores, o Sindicato dos Trabalhadores Papeleiros e Químicos do Estado (Sinticel), denunciou que a empresa “segurou” os trabalhadores de turno da noite, que deveriam sair às 7 horas desta quinta-feira, para que eles não se juntassem ao protesto.
            O Sinticel deve formalizar denúncia contra a Heringer no Ministério Público do Trabalho (MPT) e na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), para que seja realizada uma fiscalização nas instalações da fábrica.
            Os trabalhadores pleiteiam cesta básica de R$ 300 (inclusive no 13º salário); transporte para todos os trabalhadores; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) sem desconto dos prejuízos, reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) das perdas salariais; ganho real de 20%; piso salarial de R$ 1mil; horas extras de 125%; adicional noturno de 50%, e reembolso creche e kit escolar.

Nota da Heringer à imprensa

            “Em relação à paralisação parcial na fábrica de Viana, ES, a Fertilizantes Heringer S.A., uma das empresas pioneiras na produção, comercialização e distribuição de fertilizantes e uma das três maiores companhias do setor no Brasil, esclarece que:
            Ainda está em vigor entre SINTICEL, representante dos trabalhadores e SINDQUÍMICOS (representante das empresas químicas), a convenção coletiva de trabalho do ano 2011/2012 até31 de outubro de 2012. Como nos anos anteriores, a Heringer já recebeu a carta enviada pelo SINTICEL e já o notificou dizendo que será representada pelo SINDQUIMICOS.
            A Fertilizantes Heringer nunca deixou de receber e negociar com o SINTICEL todos os assuntos trazidos, procurando sempre atender às reivindicações, dentro das possibilidades da empresa. Porém, como acontece onde há bases organizadas patronal e profissional, as negociações relativas à data base se dão prioritariamente por meio de convenção coletiva;
            A Fertilizantes Heringer segue todas as normas de fiscalização vigentes e exigidas por Lei e está à disposição para eventuais visitas e/ou fiscalizações às instalações de suas fábricas. A companhia não medirá esforços para continuar atendendo seus clientes pontualmente.”

FONTE: Século Diário

Matérias assinadas ou com indicacação de fontes são de responsabilidades dos autores, não expressando opiniões ou ideias do Brasil Agrícola.