Nos últimos 10
meses, mais de 31,6 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos foram recolhidas
e tratadas adequadamente. O volume divulgado nesta terça, dia 13, pelo
Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV), representa
crescimento de 6% no recolhimento do produto em todo o Brasil.
O aumento
reflete o incremento da atividade agrícola nas regiões Centro-Oeste e Sul. A
expansão da produção em Estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná,
Minas Gerais e nas novas fronteiras agrícolas, como o oeste da Bahia, Maranhão
e Piauí exige dos agricultores mais tecnologia e o uso frequente de agrotóxicos
e defensivos agrícolas.
O presidente do
inPEV, João Cesar Rando, garante que a intensificação da atividade no campo tem
sido acompanhada pelo recolhimento e destinação das embalagens. Segundo ele, o
procedimento criado há 10 anos, conhecido como Sistema Campo Limpo, atingiu
maturidade e cobertura de quase todo o território nacional.
— Naturalmente
há resposta ao aumento na utilização das embalagens. Os índices do Brasil de
recolhimento chegam a 80% das embalagens colocadas no mercado — disse.
O Brasil é
apontado como líder neste tipo de cadeia de reciclagem, seguido por países como
Alemanha e Canadá que conseguem recolher e reciclar cerca de 75% das
embalagens.
A cobertura
apontada por Rando inclui embalagens primárias, as que têm contato direto com o
produto químico, e as embalagens secundárias, como caixas de papelão onde são
acondicionadas as embalagens primárias, garrafas e potes de produtos.
Rando explica
que para atingir 100% de recolhimento, o país precisa investir em campanhas,
logística e fiscalização.
— Existem
locais afastados, onde não há agricultura intensa e falta um pouco de
informação para o agricultor, falta ter uma cadeia mais bem organizada nessas
regiões. O sistema depende da atuação de todos os elos da cadeia — afirmou,
defendendo ações que incluam investimentos em infraestrutura para facilitar o
transporte.
FONTE: Agência Brasil