O parque
citrícola paulista apresenta 6,91% das árvores com greening, considerada a pior
doença da citricultura. Os dados são do levantamento amostral realizado pelo
Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) em 2012. O número representa um
aumento de 82,8% em relação a 2011, quando 3,78% das plantas estavam com os
sintomas da doença.
De acordo com
o levantamento, 64,1% dos talhões têm, ao menos, uma planta com greening, o que
significa uma expansão de 20% da doença nos pomares, em relação ao ano de 2011.
Desde o ano
passado, mais da metade dos talhões do Estado de São Paulo têm ao menos uma
planta infectada. Do total, 35,9% dos talhões não têm a doença. Dos 64,1% que
estão contaminados, 21,2% apresentam até 2% das árvores doentes, índice
considerado baixo.
– Em 57,2% dos
talhões não há a doença ou ela está em níveis muito baixos. Esse é o número que
devemos manter, para a manutenção da sanidade do parque citrícola no futuro –
afirma o pesquisador do Fundecitrus José Belasque Junior.
De acordo com
o especialista, o aumento linear de talhões com greening era previsto desde o
surgimento da doença, em 2004, devido ao fato do greening não ter cura.
– O
citricultor precisa fazer o controle adequado da doença. O pacote tecnológico
para o greening, composto pelo plantio de mudas sadias, controle do inseto
vetor e inspeção e eliminação das plantas doentes, funciona e equivale apenas
de 5% a 10% do custo de produção de uma caixa – observa. A ação mais importante
é a remoção das plantas doentes.
– Se mantidas nos
pomares, servem de fonte para a contaminação de plantas sadias – explica
Belasque.
A adoção de
controle do inseto vetor, por meio de pulverizações, também é fundamental, mas
não pode ser adotada isoladamente.
– Somente as
aplicações de inseticidas não são suficientes para impedir o crescimento da
doença, uma vez que não é possível zerar a população do psilídeo – ressalta.
FONTE: Fundecitrus