Regularizar a
propriedade de acordo com o que estabelece o Código Florestal pode representar
um gasto a mais para o produtor. No mercado, existem empresas especializadas,
que elaboram projetos e prestam consultoria sobre o assunto. Quem faz este
investimento pode ficar mais tranquilo.
É o caso do
produtor rural Flávio Carvalho, que teve gastos e dor de cabeça para
regularizar a propriedade antes mesmo de o novo Código Florestal entrar em vigor. Ele é
proprietário de uma fazenda de 22 hectares em Araras, no interior de São
Paulo. A sede é um casarão em estilo colonial de 1840. A casa fica em frente
aos antigos terreiros de café da época. Na beira de um rio, a menos de 15 metros da margem, está
a plantação de laranja.
Na
propriedade, chama a atenção também o
plantio de árvores novas, como os pés de goiaba e de manga em um outro ponto do
terreno. Em uma outra área, o produtor mantém uma pequena floresta. É a Reserva
Legal que ele precisa ter. O reflorestamento é acompanhado de perto pelo
biólogo Marcio Cerri, que tem uma empresa especializada em projetos em
consultoria ambiental para produtores rurais. Ele diz que, com o novo Código, a
procura pelos serviços aumentou 60%.
Este vai ser o
último ano em que
Carvalho vai trabalhar com a produção de laranjas. Ele diz
que teve muito prejuízo por causa do greening e agora vai investir em madeira. O produtor até
já tem um viveiro com mudas de mogno, que irão até a beira do rio, seguindo
orientação de Cerri, que diz que como se trata de uma árvore nativa, o Código
permite.
O mogno é uma
cultura de longo prazo, por isso deve levar um bom tempo ainda para o produtor
ver esta área reflorestada e começar a explorar as árvores adultas. Isso deve
levar pelo menos uns seis anos. O lado bom, porém, é que quem investe pode
lucrar desde já também com a venda de mudas, como vai fazer Flávio. Só no
primeiro ano ele calcula que vá comercializar no mínimo 12 mil plantas. Sem
contar que desde já ele pode dormir mais tranquilo.
FONTE: Canal Rural