Kamila Pitombeira
Hoje, o
produtor busca aumentar a produção extraindo o máximo de potencial produtivo da
cultura. Isso só é alcançado com uma adubação equilibrada em quantidade
adequada. Por isso, nenhum elemento deve ser esquecido, principalmente o zinco,
um dos principais responsáveis pelo crescimento da planta. No entanto, com o
uso de fertilizantes de alta concentração, esse elemento tem sido ignorado.
Segundo Valter Casarin, diretor adjunto do IPNI (International Plant Nutrition
Institute), a dose de zinco deve ser baseada, principalmente, nas análises
químicas de solo, pois é através dessas análises que o produtor pode descobrir
se há falta ou excesso de um determinado elemento.
— Para
complementar essas doses, ele pode ainda fazer uma análise foliar. É bom lembra
que a dose é muito variável em função da cultura, pois cada uma apresenta uma
exigência diferente — afirma o diretor.
De acordo com
ele, é importante lembrar ainda que o zinco é um elemento essencial para a
cultura e desempenha um papel primordial, principalmente em relação ao
crescimento. Em função disso, ele está muito relacionado com a produção.
— Ele é um
ativador enzimático. Então, tem uma grande responsabilidade na maturação e
crescimento das plantas — completa.
Para Casarin,
fazer uma solução e aplicar dentro da planta não é tão simples. Ele explica que
o as plantas são compostas de diferentes tipos de folhas jovens e maduras.
Diante disso, as jovens absorvem mais eficientemente do que as folhas adultas.
Por isso, é sempre importante optar por produtos de qualidade.
— Outro fator
para o qual o produtor deve atentar é o estágio da planta, ou seja, em que
momento ela exige mais nutrientes. Normalmente, esse período ocorre antes do
florescimento. Por isso, as adubações foliares se concentram bastante nessa
fase — diz.
O diretor
acrescenta que é importante também realizar a adubação durante os períodos mais
frescos, nunca durante os quentes. Além disso, deve-se observar a umidade do
ar, pois quanto maior ela for maior será a absorção pelas plantas.
— As fontes
dos nutrientes também são importantes. Existem três: o sulfato, o cloreto e o
nitrato. Cada uma conta com um comportamento diferente em termos de eficiência
de absorção — explica.
A adubação
foliar não deve ser feita de forma isolada, pois é uma complementação à
adubação do solo. Além disso, ela deve ser feita nos momentos de maior
exigência da planta. Como exemplo, o diretor cita a correção do solo pela
calagem, que diminui a disponibilidade de zinco no solo, tornando importante a
atenção em relação à adubação.
— Os efeitos
da deficiência de zinco no solo se dão pelo fato de estarmos incorporando,
hoje, solos de baixa fertilidade, como é o caso do Cerrado. Nesse caso, é
preciso pensar em um programa de adubação, inserindo o elemento zinco — completa.
FONTE: Portal Dia de Campo