O sistema de
plantio direto (SPD) pressupõe a cobertura permanente do solo que,
preferencialmente, deve ser feita com as culturas comercias ou, quando não, por
culturas de cobertura do solo. Esta cobertura deverá resultar do cultivo de
espécies que disponham de certos atributos como a grande produção de massa
seca, a elevada taxa de crescimento, a tolerância à seca e ao frio, a não
infestação de áreas, o fácil manejo, o sistema radicular vigoroso e profundo, a
elevada capacidade de reciclagem de nutrientes, a fácil produção de sementes,
entre outros.
A pequena
produção de palha pela soja, aliada à rápida decomposição dos seus resíduos,
pode tornar-se um problema para a viabilização do SPD, especialmente quando
essa leguminosa é cultivada como monocultura. Para contornar essa dificuldade,
a soja deve compor sistemas de rotação de culturas adequadamente planejados.
Com isso, haverá permanente cobertura e suficiente reposição de palhada.
Em Toledo
(PR), um grupo de agricultores pratica uma sucessão de culturas que produz
cobertura do solo durante praticamente todo o ano/safra. A soja é semeada no
início de outubro e colhida no final de janeiro ate o início de fevereiro. Em
seguida é semeado o milho safrinha que será colhido em meados de julho. Logo
após é cultivada a aveia preta, que durante dois meses vai produzir massa,
sendo esta dissecada para a nova semeadura de soja.
Essa sucessão
de culturas em um mesmo ano/safra irá produzir uma diversidade e um volume de
massa seca, além de ser um excelente controle de plantas daninhas como a buva.
FONTE: RuralBR