A Secretaria
da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul apresentou na
quinta, dia 3, ao Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul
(Badesul), a proposta de criação de uma linha de crédito específica para 135
prefeituras em que a cultura do arroz é uma das bases econômicas, visando a
aquisição da máquina microcamalhoneira.
A tecnologia,
desenvolvida por empresa privada, foi validada em experimentos realizados pelo
corpo técnico do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). A microcamalhoneira é
uma máquina plantadeira que possibilita semear soja, milho e outros grãos em
várzeas, colaborando com a drenagem do excesso de água e, numa eventual
estiagem, a irrigação das lavouras por sulcos. Permite, com isso, ampliar a
renda do orizicultor e promover a rotação de culturas nos mais de três milhões
de hectares de várzeas gaúchas.
Outra vantagem
destacada pelo secretário Claudio Fioreze é a economia no uso da água, pois a
irrigação complementar da lavoura da soja ou do milho utiliza de oito a 10
vezes menos água do que uma lavoura de arroz irrigada por inundação. A
tecnologia, aliada a sistematização do solo é parte central do programa de
diversificação do cultivo nas várzeas, elaborado pela Secretaria da
Agricultura, juntamente com o Irga.
A proposta é
possibilitar a aquisição da máquina pelas prefeituras, para que se destinem ao
uso dos pequenos produtores, sejam eles agricultores familiares, arrendatários
ou assentados. Ainda conforme Fioreze, os demais produtores rurais individuais
poderão adquirir o equipamento através das linhas de financiamento do Programa
Mais Água, Mais Renda, aproveitando do subsídio proporcionado pelo governo do
Estado de até 30% do preço final. O programa deve permitir um avanço
significativo na produção do milho, soja e outros grãos, assim como de pasto no
Rio Grande do Sul|, destacou o secretário em exercício.
O técnico do
Irga, Eraldo Cabral Jobim ressaltou que a principal potencialidade é a
diversificação de cultura, através da rotação. A reestruturação do solo no
aspecto físico e também da fertilidade e a eliminação das plantas resistentes,
que hoje já não possuem controle químico, também fazem parte dos objetivos do
projeto.
Os
superintendentes do Badesul, Antônio Ernani Martins Lima e Janette Lontra,
afirmaram que a proposta será analisada pelo banco e uma resposta deverá ser
dada até o final do mês de janeiro.
FONTE: Rural BR