Os
financiamentos do Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na
Agricultura (Programa ABC) registram crescimento a cada ano. Apesar disso, o
pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Eduardo
Assad, que foi um dos idealizadores do projeto, afirma que os números ainda
estão longe do ideal.
A linha de
crédito disponibilizada pelo governo federal pode ser utilizada para plantio
direto, recuperação de pastagens degradadas, atividades de reflorestamento,
além da integração lavoura-pecuária.
— O plano
começou em março de 2010, com R$ 2 bilhões alocados, mas com as regras ainda
não tão claras, poucos contratos foram assinados. Em 2011 melhorou um pouco,
mas nada significativo. Já no ano agrícola 2011/2012, R$ 3,4 bilhões foram
destinados ao Plano, e aí entrou o Banco do Brasil para valer. Os dados de
novembro de 2012, R$ 1,2 bilhão estavam aplicados em três mil a quatro mil
contratos, onde 77% era para a recuperação de pastagem, 7% para plantio direto.
O grosso de emissão de poluentes foi contemplado. Uma tendência correta, mas
precisa evoluir a escala. Agora em janeiro, cinco mil contratos estão assinados
— afirma o pesquisador da Embrapa, Eduardo Assad.
O pesquisador
afirma que os números estão crescendo, mas ainda falta muito.
— Temos cinco
mil contratos num universo de cinco milhões de produtores. Temos uma longa
caminhada pela frente. Todos podem acessar. O plano tem controle central e
estadual. Temos que dar formação para que os produtores aprendam acessar o plano.
O financiamento do plano é continuo, precisa sempre. Isso coloca nossa
agricultura em destaque no mundo — explica Assad.
FONTE: Canal Rural