O secretário
estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, recebeu nessa
última semana uma minuta de trabalho para a instituição oficial do Programa Paraná
Agroecológico. O programa prevê a cooperação com municípios, organizações da
sociedade civil e instituições públicas e privadas para ampliar e dinamizar as
ações já existentes no Estado, voltadas às políticas públicas para a
agricultura familiar, com o desenvolvimento da produção em bases
agroecológicas.
A minuta foi
apresentada pelo grupo interinstitucional indicado pela Câmara Setorial de
Agroecologia e Agricultura Orgânica, vinculada ao Conselho Estadual de
Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf), conselho composto por 33
entidades representantes dos governos federal, estadual e municipais, e
entidades da sociedade civil.
Segundo
Norberto Ortigara, o Paraná já se destaca nacionalmente neste segmento da
agricultura, mas disse que o Estado pode promover e apoiar novas ações
integradas para a ampliação de sistema de produção e a comercialização de
alimentos orgânicos no Estado.
– As várias
feiras específicas do setor, assim como a inclusão de alimentos orgânicos na
merenda escolar, são bons exemplos que já estão em prática – afirmou.
Para o
engenheiro agrônomo Márcio Miranda, diretor-adjunto do Centro Paranaense de
Referência em Agroecologia (CPRA), a implantação deste programa, após avaliação
técnica e jurídica pela Secretaria, e depois de encaminhada ao governo do
Estado, dará um novo impulso ao setor.
– Além de
ajudarmos a gerar mais renda no campo, estaremos também auxiliando na
conservação ambiental, na promoção da qualidade de vida, e a garantir de
segurança alimentar e nutricional – disse Márcio Miranda.
São
beneficiários do Paraná Agroecológico agricultores familiares e suas
organizações, técnicos e extensionistas rurais, pesquisadores, professores,
estudantes e organizações do setor público e da sociedade civil organizada,
consumidores e suas entidades. As ações propostas no Programa Paraná
Agroecológico estão dispostas em cinco eixos: assistência técnica e extensão
rural, comercialização, legislação, pesquisa e produção. Dentre elas foi
destacada no encontro a promoção de cursos de incentivo às práticas
agroecológicas, com os agricultores tendo ainda a participação de escolas
agrícolas, universidades e instituições da sociedade civil.
– É uma das
formas que podemos fomentar esse processo no Estado. A coordenação dessas
atividades ficará a encargo do governo estadual com as suas respectivas
entidades, mas também é necessário que estejam envolvidos o governo federal e
os municípios, para que possamos ter a garantia de projetos consistentes com
começo, meio e fim – disse Norberto Ortigara.
Outra
alternativa discutida com o secretário pelo grupo, que teve também a
participação de representantes da Secretarias de Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior, é fomentar cursos e dias de campo junto às comunidades de
agricultores para mostrar os benefícios da preservação dos recursos naturais,
redução da aplicação e consumo de agrotóxicos na produção agropecuária.
FONTE: Governo do Estado do Paraná