Resíduo
industrial gerado em um dos processos de produção da ArcelorMittal Tubarão, o
pó de FGD, coproduto gerado no sistema de dessulfuração dos gases da Sol
Coqueria, já pode ser utilizado na agricultura como fertilizante. Sua nova
aplicação é resultado da conclusão de estudos realizados pela ArcelorMittal
Tubarão em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e
Extensão Rural (Incaper).
A pesquisa
começou em 2011, com a caracterização físico-química do coproduto gerado na Sol
Coqueria, unidade que produz coque para abastecer os fornos da produtora de
aço. O FGD foi aplicado, sob diferentes doses, em amostras de cultivo de
feijão, café e milho.
Segundo Luciana
Morgan, especialista de Desenvolvimento de Coprodutos da ArcelorMittal Tubarão,
a pesquisa apontou que o uso do pó de FGD na agricultura é tecnicamente viável
e não oferece riscos ambientais para o solo e para os alimentos cultivados. “A
pesquisa revelou que o material que era destinado ao aterro industrial, é um
coproduto sustentável e economicamente viável”, pontuou Luciana.
Ela explica que
nos testes realizados no feijão, por exemplo, quanto maior a dosagem do pó de
FGD maior a produtividade do cultivo. No café, a produtividade aumentou em 50%
após a utilização do coproduto como fertilizante. “O FGD tem alto teor de
enxofre e cal, elementos excelentes para o solo, reforça Luciana, apontando anda
a vantagem do custo, que é inferior se comparado a outros fertilizantes.
Com a conclusão
da pesquisa, a ArcelorMittal Tubarão já está apresentando os resultados para as
indústrias de fertilizantes, que poderão adquirir o coproduto para utilizarem
como aditivo em seu processo de produção. Atualmente, a ArcelorMittal Tubarão
gera 600 toneladas de pó de FGD por mês. Parte dessa produção, já é destinada a
indústria de concreto, que também utiliza o coproduto para aumentar a
eficiência do seu produto.
FONTE:
Agrolink