Durante o 5º
fórum promovido pelo Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), o diretor
geral, Guilherme Braga, estimou que a exportação brasileira do produto na safra
2013/2014, que começa em julho e vai até junho de 2014, deve alcançar entre 31
e 32 milhões de sacas de 60 quilos. Segundo ele, se confirmada a produção, o
país retomará o volume histórico embarcado para o exterior.
A atual safra
2012/2013, que termina em junho, o Cecafé estima o embarque de 30 milhões de
sacas. A receita cambial deve ficar entre US$ 5,7 bilhões e US$ 6 bilhões,
considerando dólar de US$ 2, valor considerado possível por Braga. Segundo o
dirigente do Cecafé, o setor não tem sofrido com o apagão logístico, lembrando
que o café é embarcado em contêineres, diferentemente dos grãos, a granel.
No mesmo
evento, o diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Robério
Silva, disse que as cotações mundiais da commodity estão em queda apesar dos
fundamentos que dariam sustentação aos preços. De acordo com ele, alguns
fundamentos não estão sendo absorvidos pelo mercado.
Entre os
fundamentos que estariam sido desprezados pelo mercado estão a queda de safra
na América Central e os estoques mais baixos do produto nos países
consumidores. A safra da América Central deve ter quebra de 2,7 milhões de
sacas, provocada pela ferrugem. Em relação aos estoques, o diretor da OIC disse
que são historicamente os mais baixos.
Silva lembrou
que as indústrias precisam dos cafés finos da América Central para a formação
de seus blends. Isso se reflete nos diferenciais de preço, que estão se
ampliando, já sinalizando uma menor oferta dessas variedades.
FONTE: Agência Estado