A produção
agrícola mundial crescerá cerca de 1,5% na próxima década. A estimativa,
portanto, é de crescimento mais lento do que o registrado de 2003 a 2012, de 2,1%. A
redução no ritmo de crescimento é causada por uma série de fatores, como a
diminuição das terras agrícolas, a escassez dos recursos investidos na produção
e o aumento da pressão sobre as áreas de preservação ambiental no mundo.
A análise está
no estudo Perspectivas Agrícolas 2013-2022 da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado na última semana, na China.
De acordo com
o estudo, a previsão é de que os preços dos produtos agrícolas e de origem
animal se mantenham acima da média histórica, a médio prazo, em decorrência da
combinação do aumento mais lento da produção e da demanda maior, incluindo
biocombustíveis.
Em relação aos
países em desenvolvimento, as perspectivas são de aumento de consumo em
decorrência do crescimento demográfico, de mais recursos em circulação e da
urbanização, além das mudanças na dieta alimentar.
O
secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, prefere manter o otimismo em relação à
próxima década.
– As
perspectivas para a agricultura mundial são relativamente brilhantes com uma
forte demanda, o comércio em expansão e preços elevados. Mas o panorama
pressupõe que a recuperação econômica continue – disse Gurría.
O
diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, ressaltou que é fundamental
pensar na segurança alimentar das pessoas.
– Os preços
elevados dos alimentos são um incentivo para incrementar a produção e temos de
fazer o possível para assegurar que os agricultores pobres se beneficiem com
eles. Não devemos esquecer que 70% das pessoas sofrem com a insegurança
alimentar e vivem, em geral, em áreas rurais de países em desenvolvimento e que
muitas são agricultores em pequena escala – destacou. O estudo completo pode
ser acesso no site da FAO.
FONTE: Agência Brasil