O que os
especialistas projetavam colher em 2018, o Mato Grosso já produziu neste ano. A
supersafra de milho, somada a soja que ainda vai ser cultivada, devem agravar
ainda mais caos logístico nas exportações. O alerta foi dado nesta sexta, dia
13, em Cuiabá, no Workshop Gerenciamento de Riscos e Cenários 2014.
Segundo o presidente da
Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja/MT), Carlos Favaro,
restam, ainda, 10 milhões de toneladas de milho no Estado, de uma produção que
atingiu 22 milhões de toneladas na safrinha. Os leilões do governo ajudaram no
escoamento e devem continuar sendo a principal via de movimentação do cereal
neste semestre.
Para a safra
2013 /2014, a estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária é
de colher 25 milhões de toneladas de soja no Estado. O próximo ano deve começar
com gargalos logísticos, seja pela oferta de grãos, escassez de vias de
transporte e a lentidão nos portos.
Para
evitar prejuízos na comercialização de grãos, o produtor deve olhar além da
bolsa de Chicago. O custo com transporte do campo ao porto deve atingir novos
patamares e pesar ainda mais no bolso. De acordo com o gestor do Instituto Mato
Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca, da safra passada
para esta safra, o custo para transportar uma tonelada de grãos de Sorriso a
Santos, passou de R$ 200 para R$ 300. Segundo ele, para o ano que vem a
projeção é de um aumento de 20%.
–
Vimos isso ocorrer nos anos anteriores. E esse excedente de milho deve
continuar até o início do próximo plantio. As rotas alternativas como Santarém
e Santa Catarina não são a solução, tem que ter várias frentes pra sanar o
problema – afirma.
FONTE: Canal Rural