O
setor de biodiesel considera que a adição do combustível renovável no diesel
será elevada dos atuais 5% para 7% já em 2013. De acordo com diretor
superintendente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio),
Julio Cesar Minelli, o setor vive na expectativa do aumento da mistura.
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Temos, realmente, a expectativa que nos próximos meses se tenha uma definição
do governo com relação ao aumento. Nós sabemos que, hoje, estamos preparados,
toda a cadeia está preparada para pelo menos 7%, um aumento de b5 para b7 –
destaca Minelli.
O
marco regulatório, que já foi encaminhado ao Congresso Nacional, deve ser
aprovado em breve. O assessor econômico da Abiove, Leonardo Zílio, destaca que
novo marco prevê que a adição de biodiesel no diesel deverá alcançar 10% em
2020, com aumentos graduais anualmente.
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O setor pretende chegar ao b7 já em 2014 e que devemos chegar em 2020, com 10%
misturado ao diesel mineral. Nessas circunstâncias, chegaremos em 2020 com 7,5
bilhões de litros de biodiesel produzidos e consumidos no território nacional –
diz o assessor econômico.
A
medida ajudaria as empresas no escoamento do biodiesel. Segundo dados da
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Anp), no primeiro
semestre, a produção chegou a 1,400 bilhões de litros. Uma alta de 17,36% na
comparação com o mesmo período do ano passado. Diante desse cenário, os preços
já recuaram 25%.
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Isso pode trazer alguns desincentivos a indústria de produção de biodiesel, até
o complexo soja, na medida em que esse setor vem represado nos últimos dez
anos. Nós temos capacidade para aumentar a produção do nosso biodiesel, também
temos matéria-prima para produzir mais biodiesel no Brasil. Tirando uma série
de benefícios sociais, econômicos e ambientais. Mas não é posto em prática, não
é feito. Nós podíamos estar além esse setor, apesar do preço mais baixo – diz
Zílio.
Segundo
Minello, o receio dos empresários é que o setor do biodiesel passe pelos mesmos
problemas enfrentados pelo setor sucroenergético.
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Hoje, estamos trabalhando com uma capacidade de mais de 60% de ociosidade. Algumas
empresas, infelizmente, estão ficando pelo caminho. Quer dizer, acabamos
seguindo o que aconteceu com o etanol há pouco tempo, quando as empresas que
acreditavam, começaram a não conseguir se sustentar e algumas delas estão
saindo do mercado. Até o ano passado, o leilão era trimestral. Uma empresa
ficar três meses sem venda é um baita problema financeiro – diz Minelli.
Exportações
A
boa notícia está na exportação do produto, inédita no Brasil até este ano.
Desde janeiro, o setor já exportou cerca de 24 milhões de litros, graças à
redução de participação da argentina no mercado externo.
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Antes tinha um questionamento sobre a nossa capacidade técnica, e a qualidade
do produto. Se houver uma política de exportação, tecnicamente, nós estamos
preparados para fazer estas exportações – destaca Minelli.
FONTE:
Canal Rural