A forte seca que
castiga o Centro-Sul e o excesso de chuvas no Centro-Oeste do país
já tiraram cerca de R$ 10 bilhões de receita do agronegócio em
2014, segundo cálculos feitos por analistas. Soja, milho, café,
cana, laranja, pecuária de corte e de leite registram queda na
produtividade e alta nos preços – o que pode ter impacto na
inflação.
A soja, que está
em plena época de colheita, resume a grande confusão que o clima
provocou no campo. No Centro-Sul, a lavoura penou com o sol
escaldante, a falta de chuva e as altas temperaturas. Em Mato Grosso,
o maior Estado produtor, é o excesso de chuvas que impede a
colheita, afeta a qualidade do grão e agrava os problemas
logísticos. O preço da soja voltou no mês passado ao patamar de
US$ 14 por bushel na Bolsa de Chicago, revertendo as expectativas de
queda que existiam por causa da entrada da supersafra brasileira no
mercado.
No Paraná, o
segundo maior produtor, já se sabe que com a seca houve queda média
de 13% na produtividade. Dos 16,5 milhões de toneladas previstas,
pouco mais de 2 milhões já se perderam. Pelas estimativas da
Secretaria Estadual de Agricultura, haverá redução de R$ 2,2
bilhões na receita.
– Mais do que a
estiagem em si, o grande problema foi o calor que prejudicou a
formação das vagens – disse o chefe do Departamento de Economia
Rural, Francisco Carlos Simioni.
FONTE:
Estadão
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