Fernanda Farias
As 60 cooperativas e
associações de agricultores escolhidas para expor produtos em
quiosques durante a Copa do Mundo já se preparam. Uma iniciativa do
governo federal objetiva apresentar os produtos típicos do Brasil
durante o evento.
O baru, fruto com sabor
semelhante ao amendoim, é nativo do Cerrado, mas já é plantado em
800 propriedades de Goiás, Bahia, Minas Gerais e Tocantins. Os
agricultores que integram a cooperativa Coopcerrado colhem 600
toneladas por safra, de agosto a outubro. O trabalho exige atenção
e técnica para extrair a amêndoa. É na indústria que o baru se
transforma em barras de cereais, biscoitos e granola. Os produtos são
vendidos em grandes redes de supermercados. Durante a Copa do Mundo,
serão algumas das atrações dos quiosques espalhados pelo país, no
projeto Brasil Orgânico e Sustentável.
Só da castanha torrada,
serão produzidos 400 quilos, para serem expostos em duas cidades.
Para a Copa do Mundo, foi feita uma embalagem especial de 100 gramas.
A expectativa é vender tudo e, além disso, prospectar novos
mercados.
– Acreditamos que com
essa divulgação aumente em 20% os negócios. Estamos apostando que,
com os turistas conhecendo os produtos, as vendas aumentem ainda
mais, porque abrimos a possibilidade de fazer a exportação futura –
diz o diretor da Coopcerrado, Flávio Cardoso da Silva.
Dos 126 empreendimentos
inscritos, 60 foram selecionados e 33 produzem alimentos orgânicos.
Os quiosques terão seis associações cada, e ficarão sete dias em
uma das 10 cidades sede que participam do programa. Apenas Cuiabá
(MT) e Belo Horizonte (MG) ficaram de fora.
Segundo o secretário de
Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento
Social, Arnoldo de Campos, os custos de transporte e hospedagem de um
representante de cada cooperativa ou associação serão pagos pelo
governo federal. Já o transporte da mercadoria será
responsabilidade do empreendedor. Os estandes vão funcionar em datas
diferentes durante o evento e serão instalados em locais de grande
movimentação de público, para garantir maior visibilidade dos
produtos.
– Queremos que o
consumidor brasileiro e o turista tenham contato com esse tipo de
produto, que vem do interior, é sustentável e saudável, e percebam
que há um valor importante, e que depois a comercialização desses
produtos se amplie – destaca Campos
As irmãs e produtoras
Payão cultivam pimenta malagueta em Sobradinho, no Distrito Federal,
e vendem a produção em feiras e por encomendas. Polpa, páprica e
geleia são alguns dos itens que elas pretendem levar para o Rio
Grande do Sul.
FONTE: Canal
Rural