A
Embrapa Agroenergia pesquisa uma nova fórmula de biocombustível,
produzida através de microalgas. Seria o etanol de 3ª geração,
com potencial de produção em escala industrial e expectativa de
atender ao mercado consumidor de biocombustíveis nos próximos anos.
Não é de agora que pesquisadores tentam extrair combustível de
algas. As primeiras pesquisas sobre o tema aconteceram nos Estados
Unidos, na década de 1970, no auge da crise do petróleo. Porém, os
resultados não foram convincentes e os estudos foram engavetados.
No
Brasil, a Embrapa coordena desde 2012 alguns projetos e acredita
estar diante da terceira geração de bicombustíveis, o 3G.
–
Elas têm a menor possibilidade de competir com a agricultura de
alimentos e são mais sustentáveis do ponto de vista ambiental –
explicou o pesquisador da Embrapa Agroenergia, Bruno Brasil.
Segundo
ele, as algas representam uma opção para a redução de custos de
produção, uma vez que elas seriam cultivadas nas unidades
industriais, em um processo que praticamente não terá custos.
–
Vamos utilizar como base a vinhaça e o gás carbônico que são
passivos produzidos pelas usinas e aproveitar a grande competência
da Embrapa num âmbito do melhoramento genético – esclareceu
Brasil.
Para
a Embrapa, apesar de os experimentos estarem no início, a
expectativa é que logo se tenha avanços tecnológicos mais rápidos
nessa área. Entretanto, o consultor de Emissões e Tecnologia da
União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc
salienta que o grande desafio é a competitividade comercial dos
biocombustíveis.
–
O Brasil precisa investir mais nesse campo, pois temos perspectivas
favoráveis em termos de biodiversidade e de mercado e condições
para assumir uma posição de liderança científica e tecnológica.
A Embrapa certamente ocupa um lugar de vanguarda nesse tema no País
– explica Szwarc.
FONTE: Canal
Rural, com informações da Unica