Três
movimentos sociais ligados aos trabalhadores do campo se reuniram com
o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, nesta
quinta, dia 3, em Brasília. Entre as propostas discutidas estão a
regularização fundiária e o acesso maior aos programas de
incentivo a produção. O governo prometeu uma resposta até o final
de abril.
Na
pauta do movimento de pequenos agricultores, as reivindicações
principais são: novas políticas públicas de fomento à produção
e a desburocartização dos programas oferecidos pelo governo
federal, principalmente os de crédito rural.
–
Queremos o que chamamos de “desbancarização”, que é sair dos
Acordos de Basileia, que foram os acordos que os bancos fizeram para
impor uma série de regras e que dificultam o acesso aos mais pobres
– diz o coordenador do Movimento dos Pequenos Agricultores,
Anderson Amaro.
Já
a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf),
quer que o governo regularize os assentamentos e as propriedades que
estão em terras devolutas, além de dar atenção especial a questão
da demarcação de terras indígenas.
–
O que nós estamos pedindo para o governo é uma tratativa
diferenciada a essas realidades. Justamento por se tratar de
agricultores familiares que compraram há quatro gerações as suas
propriedades e, hoje, estão estabelecidos e não podem ser retirados
dessas terras sem garantia nenhuma – destaca o coordenador geral da
Fetraf, Marcos Rochinski.
O
ministro do Desenvolvimento Agrário afirmou que as propostas vão
ser analisadas pelos secretários. Rossetto prometeu uma resposta até
o final do mês.
–
Abril e maio são dois meses de avaliação dos programas públicos,
construção de programas e de expansão dos programas do governo
federal em apoio a produção. A minha expectativa é que no final do
mês de abril respondermos com as posições do governo a Fetrav e
aos demais movimentos – diz Rossetto.
Representantes
do Movimento dos Sem Terra (MST) também foram recebidos por Rossetto
e pediram que o governo federal defina agilize o acesso ao crédito e
amplie a meta de assentamento de 2014 que é de 30 mil famílias.
–
Nós temos o compromisso de trabalharmos com maior eficiência
possível, com todos os recursos para assegurarmos ao máximo o
número de assentados no nosso país. 30 mil é uma referência forte
de trabalho e provavelmente vamos chegar nesse patamar – afirma
Rosseto.
FONTE:
Andréa
Parise - Canal Rural