A
Copa do Mundo deve receber 600 mil turistas estrangeiros. Para evitar
a entrada de doenças através dos passageiros e em produtos de
origem animal e vegetal, a fiscalização será reforçada nos pontos
de acesso ao país.
Só
no aeroporto de Brasília, nos primeiros quatro meses deste ano, foi
apreendida uma tonelada de produtos ilegais. No ano passado, foram 50
toneladas nos cinco principais aeroportos do país. A preocupação
com a entrada de doenças motivou uma pesquisa realizada pelo Serviço
de Vigilância Agropecuária Internacional em parceria com a
Universidade de Brasília.
O
levantamento foi feito nos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e
Galeão, no Rio de Janeiro, por onde desembarcam 85% dos passageiros
internacionais. Entre 2006 e 2009, 60 toneladas de produtos ilegais
foram apreendidas nesses terminais. A análise constatou a presença
de 23 agentes infecciosos nas mercadorias, entre eles o vírus da
tuberculose bovina.
De
acordo com o coordenador do estudo, a maior parte dos produtos vem da
Europa. Ele alerta para a importância da conscientização dos
passageiros para ajudar no controle, já que o trabalho de
fiscalização é feito por amostragem.
Os
criadores também estão em alerta. O Brasil é o quarto maior
produtor e exportador de carne suína – são 530 mil toneladas
vendidas por ano, principalmente para Rússia, Croácia e Hong Kong.
A maior preocupação do setor é que o vírus da diarreia suína
entre no Brasil. A doença já foi identificada na América Latina.
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Se considerar que nos Estados Unidos, que tem um rebanho muito maior
que o nosso, 15% dos leitões foram afetados e a mortalidade é de
15%, os nossos números serão assustadores. Qualquer micropartícula
que esteja na roupa ou no sapato já é um ponto de contaminação,
então a gente pede que os produtores tenham cautela e não levem
essas pessoas às granjas – alerta Marcelo Lopes, presidente da
Associação Brasileira de Criadores de Suínos.
FONTE:
Canal Rural