O programa
Agricultura de Baixo Carbono (ABC) está no radar da Frente Parlamentar da
Agropecuária (FPA) e deve ser fortalecido nos programas dos candidatos à
presidência da República. Elaborado pelo Ministério da Agricultura, o Plano ABC
tem sido realçado nos debates presidenciais no contexto da preservação
ambiental e implementação do novo Código Florestal Brasileiro, aprovado pelo
Congresso Nacional em maio de 2012. O programa visa reduzir a emissão de gases
que provocam o efeito estufa, prejudicial à camada de ozônio.
O consultor
técnico da FPA, Celio Porto, defende o acompanhamento da aplicação do plano.
Segundo ele, sem monitoramento não será possível comprovar a redução das
emissões de gases e a eficácia das tecnologias financiadas pelo Programa.
Numa proposta
aos presidenciáveis, foi sugerida a criação de um programa de inteligência
climática na agricultura para indicar áreas prioritárias na implementação das
ações de governo a partir dos riscos das mudanças no clima, e também, o
desenvolvimento de pesquisas para aferir o impacto de cada subatividade
financiada pelo Programa ABC. Outra questão importante é a inclusão de
tecnologias mais adequadas ao bioma amazônico.
– As
tecnologias contempladas pelo Plano foram estabelecidas a partir do modelo
produtivo das regiões Sul e Sudeste e não levam em consideração as
particularidades de algumas regiões do país – afirma Porto.
O Plano ABC
prevê a redução da emissão por meio da disseminação de seis tecnologias:
recuperação de pastagens (a principal meta); integração lavoura-pecuária,
lavoura-pecuária-floresta e sistemas agroflorestais; fixação biológica de
nitrogênio; sistema de plantio direto; tratamento de dejetos animais e
florestas plantadas.
A maioria
delas já é adotada na agropecuária brasileira. O desafio do novo governo é
acelerar a disseminação e adoção dessas ações e tecnologias, de forma a
alcançar escala que resulte nas reduções de emissões desejadas. Documento
entregue dias atrás aos presidenciáveis foi elaborado pelo Observatório ABC com
apoio das seguintes instituições: ABAG, ABIEC, Agroicone, Amigos da Terra –
Amazônia Brasileira, Arefloresta, FAPE-DF, Imaflora, Imazon, ICV, IPAM, Famato,
GTPS e Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal.
FONTE: Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA)