A eleição para
presidente será decidida no segundo turno entre Dilma Rousseff (PT)
e Aécio Neves (PSDB). Marina Silva (PSB), ficou em terceiro e
declarou que irá aguardar a decisão do seu partido e a análise dos
programas de governo dos dois candidatos apra decidir se dará seu
apoio a um deles.
Nos principais Estados
do Agronegócio, a disputa foi decidida em primeiro turno na Bahia,
em Goiás, no Paraná e em Mato Grosso. No Senado, a presidente
licenciada da CNA Kátia Abreu foi reeleita senadora.
Presidência
Na sétima eleição
direta para Presidência da República desde a redemocratização do
país, 11 candidatos disputaram o cargo máximo do Poder Executivo
brasileiro em um pleito que ficará conhecido pela trágica morte de
Eduardo Campos, candidato que vinha figurando entre os três mais
preferidos pelos eleitores nas pesquisas eleitorais realizadas até o
acidente.
A candidata à
reeleição, Dilma Rousseff, conquistou 41,55% dos votos. Em seu
programa de governo, Dilma não traz propostas pontuais para o
agronegócio, mas cita que, nos próximos anos, sua política
industrial deverá gerar benefícios ao setor. No programa, a
candidata ressalta que em seus anos de governo, foram adotadas
“políticas consistentes e continuadas de apoio ao agronegócio e à
agricultura familiar”, destacando o aumento da produção de grãos,
de 96 milhões de toneladas em 40 milhões de hectares, na safra
2001/2002, para 191 milhões de toneladas em 56 milhões de hectares,
na safra 2013/2014, feito que credita à expansão do crédito e às
políticas de apoio à produção.
O candidato do PSDB,
Aécio Neves recebeu 33,59% dos votos válidos. O candidato traz em
seu programa de governo 18 diretrizes para a política agrícola e
outras 16 para a agricultura familiar. Seu programa valoriza
propostas para “o aumento do consumo interno que será induzido
pelo crescimento do emprego de qualidade e da renda, bem como pelo
mercado internacional”. Temas como investimentos em infraestrutura,
biotecnologia e estímulo à pesquisa fazem parte destas diretrizes.
Estados
Nos principais Estados
do agronegócio houve poucas surpresas na disputa pelos governos
estaduais. Em Mato Grosso, o senador Pedro Taques (PDT) foi eleito em
uma chapa que traz o ex-presidente da Aprosoja-MT, Carlos Fávaro,
como vice-governador. Para o Senado, os mato-grossenses elegeram o
atual deputado federal Wellington Fagundes, (PR), que também é
membro da Frente Parlamentar Agropecuária. Goiás e Mato Grosso do
Sul decidirão o pleito para o governo do Estado no segundo turno. Em
Goiás, a disputa pelo Palácio das Esmeraldas está entre Iris
Resende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB). Em Mato Grosso do Sul,
Delcídio Amaral (PT) e Reinaldo Azambuja (PSDB) seguem na disputa.
No Paraná, Beto Richa
(PSDB) frustrou a pretensão de Roberto Requião de governar o Estado
pela quarta vez. Foi reeleito e seguirá à frente do Palácio Iguaçu
por mais quatro anos. Raimundo Colombo (PSD) também foi reeleito em
Santa Catarina.
Nesta região, a única
surpresa foi o Rio Grande do Sul, onde José Ivo Sartori (PMDB)
passou à frente da senadora Ana Amélia Lemos (PP) e disputará o
cargo no segundo turno com o atual governador Tarso Genro (PT).
Na Bahia, Rui Costa (PT)
dá continuidade ao governo petista substituindo Jaques Wagner, que
completa 8 anos de mandato. No Pará, a eleição vai para o segundo
turno com Helder Barbalho (PMDB) e Simão Jatene (PSDB), que tiveram
uma das disputas mais acirradas: Barbalho teve 49,9% e Jatene, 48,47%
dos votos válidos.
A quarta maior eleição
No dia 5 de outubro de
2014, mais de 142 milhões de eleitores foram às urnas para
escolher, entre mais de 22 mil candidatos, os ocupantes de 1.709
cargos executivos e legislativos em todo o país. De acordo com o
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, a
eleição brasileira é a quarta maior do mundo em número de
eleitores, atrás apenas da Índia, dos Estados Unidos e da
Indonésia.
FONTE: Gisele Neuls - Canal Rural