As
reivindicações do agronegócio à presidente reeleita Dilma Rousseff estão
apoiadas em dois pilares. Em primeiro lugar, é preciso uma política
macroeconômica consistente, com juros e câmbio calibrados com as necessidades
de crescimento da produção. Em segundo, promover reformas microeconômicas,
sobretudo na área de logística. “As perdas de grãos com transporte, em função
da má qualidade das estradas e ferrovias, é imensa”, diz Luiz Cornacchioni,
diretor-executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG). Estudos
indicam que são perdidos de 10% a 15% de tudo o que é colhido no País.
Mais uma vez –
e isso se tornou recorrente -, o agronegócio amenizou os maus resultados do
Produto Interno Bruto (PIB) do País. Enquanto o produto total recuou 0,6% no
segundo trimestre deste ano, o setor registrou alta de 0,2%. O agribusiness
responde por 25% do PIB. As exportações do segmento alcançaram a cifra de US$
99,87 bilhões em 2013, um aumento de 4,3% em relação aos US$ 95,81 bilhões do
ano anterior. O saldo do comércio exterior do setor foi de US$ 82,91 bilhões,
enquanto a balança comercial brasileira teve um superávit de apenas US$ 2,56
bilhões no ano passado.
As demandas do
agronegócio também se devem ao fato de o mercado estar sujeito às oscilações
internacionais de preços. “Os níveis
estão menores neste ano, porque as commodities desaceleraram por causa do
crescimento menor da China e da expectativa de boa safra nos Estados Unidos.”
FONTE: Márcia Pinheiro - Revista Brasileiros